sexta-feira, setembro 30, 2005

Relatividade


Realmente o velho "Alberto" tinha razão, tudo é relativo. Aqui estou eu a menos de 2 meses da minha partida para Bremen, com trabalho experimental para terminar e assim poder fazer uma dissertação de mestrado, e já estive mais stressado do que agora. A relatividade nesta conversa é causada pelo trabalho que a Jerusa ainda tem para fazer antes de viajar já no dia 30 de outubro, ela está mais apertada no tempo do que eu!! Como ela é a minha referência, eu até me sinto folgado com tudo o que tenho para fazer... a teoria da relatividade aplica-se a tudo. Mas eu não trabalhe a sério para ver o stress em que vou estar lá para o fim, quando já não tiver a minha referência agarrada ao computador até às 3 ou 4 da manhã!!!

quinta-feira, setembro 29, 2005

Eleições


Portugal entrou num novo frenesim eleitoral, a época de todas as promessas. É uma festa para os políticos e seus partidos, a única altura em que se vê aquela gente empenhada a sério em alguma coisa... a perpetuação dos seus próprios interesses. E parece que a coisa começou no seu melhor estilo, pelo menos lá para os lados do Porto deu confusão na rua e acusações ao rival de planear confusão e agressões, uma festa! Enfim, típico, os anos passam e fica tudo na mesma... ou pior!

quarta-feira, setembro 28, 2005

Menos de 2 meses!

A brincar a brincar o tempo está a passar muito depressa, hoje de manhã olhei para o calendário e vi que daqui a exactamente 2 meses vou estar a chegar a Bremen. Quando começo a pensar em tudo o que tenho para fazer até esse dia chegar...

Escrever...

Bom, o meu trabalho está a andar bem e estou praticamente a terminar tudo o que é trabalho experimental, sendo assim estou a começar a escrever a dissertação. Por um lado é muito bom ter chegado a esta parte pois significa que estou quase a terminar e que todo o trabalho que tive até agora deu frutos, por outro lado ainda estou na parte da revisão bibliográfica o que é muito chato... estas primeiras páginas são as piores pois tenho de escrever sobre coisas que já sei, já estudei, já vi acontecerem e conter-me para fazer a coisa bem feita, completa, e não cair na tentação de saltar já para a descrição do trabalho feito e para a discussão dos resultados!

Felizmente aqui no laboratório tenho um computador praticamente só para mim, o que não é assim tão comum por esses laboratórios espalhados pela universidade, é que em casa eu praticamente não toco no computador. Eu acho que a Jerusa já criou raízes naquela cadeira e que o teclado já se moldou às mãos dela!! Em princípio vamos vender o computador depois de eu terminar tudo o que tenho para fazer, menos uma coisa para carregar e aproveitamos que aqui dá para vender por um preço muito bom, mas agora dá é vontade comprar outro!! Pelo menos depois de dia 30 de outubro ele vai ficar só para mim, mas nessa altura já vou ter escrito tudo e só vou usá-lo para fazer a apresentação...

sexta-feira, setembro 23, 2005

Tempo

Tanta coisa para fazer e tão pouco tempo, os dias não passam, voam! Eu e a Jerusa andamos cheios de coisas para fazer e sempre com a data da viagem a pairar sobre as nossas cabeças. É como ela diz, o curso intensivo de alemão em Bremen vai saber como férias.

Ultimamente a minha dedicação tem sido para outra que não a minha esposa, ando a dedicar muito tempo a uma alemã, passo a vida com as mãos nela, é uma injectora verde e amarela da Arburg. Já perdi a conta às vezes que lhe troquei o molde... isto numa altura em que eu e a Je gostaríamos de ter mais tempo para aproveitar bem as últimas semanas por aqui. Mesmo assim a coisa não está má de todo, ainda vamos dando umas escapadas de vez em quando.

terça-feira, setembro 20, 2005

Presente


Digam lá se não escolhi uma flores bonitas para a minha Frau? Ela estava sempre a reclamar que eu não lhe dou flores... e tenho que admitir que ela tem alguma razão.

Aniversário


Hoje é o aniversário da Jerusa. A brincar a brincar a minha miúda já passou para a casa das 30 primaveras! Para as mulheres este é um momento delicado que deve ser tratado pelos homens com muito cuidado para não provocar nenhuma reacção inesperada, no entanto ela está a reagir muito bem e apenas se sente mais velha em relação a mim do que normalmente se sentiria. Não fosse pela gripe que ela tem (que fez o favor de me passar) e o dia de aniversário teria sido ainda melhor. Passámos o dia de aniversário com os pais dela e os irmãos, é bom passar os dia de aniversário em família... para variar foi mais um fim de semana cheio de comida, o que não é de estranhar uma vez que sempre que vamos lá para aqueles lados há sempre alguma coisa a festejar!

sexta-feira, setembro 16, 2005

Fruta


Porque será que nos alegramos e achamos bonita uma foto como esta onde aparece fruta em todo o seu explendor e com um leque variado de cores? Um centro de mesas deste fica muito bem em qualquer mesa e ressalta à vista mas... porque será que acabamos por escolher o que aparece discretamente nos cantos da foto? Tenho que pensar mais no que como, estou contente por comer muito menos fritos, no entanto devia devia comer mais fruta e apreciar não só com os olhos mas também com o paladar...

segunda-feira, setembro 12, 2005

Obrigado

Já estou aqui em Florianópolis há um pouco mais de dois anos. Apesar de ter sido muito bem recebido por todos, quem fica longe de "casa" sente falta daqueles que nos são queridos, familiares e amigos. Foi assim com muita alegria que pude passar umas horas com o Hugo, mais do que um colega da universidade, um amigo de longa data. Infelizmente não tive muito tempo para estar com ele devido ao muito trabalho que tenho tido para terminar o mestrado... felizmente ele estava bem acompanhado e aproveitou bastante os 2 dias que aqui passou, viu bastante da ilha e conheceu de perto as areias das dunas da Joaquina!


Além do Hugo também aqui passou a Inês, em férias antes do início da sua aventura em NY, quando jamais imaginava que iria parar em Boston! Infelizmente a Inês apanhou mau tempo e um apagão de 3 dias... a imagem que ficou de Florianópolis não terá sido a melhor, contudo tenho a certeza que jamais se esquecerá de ter decidido visitar-me!!


Sei que mais gente gostaria de ter vindo até estes lados do mundo mas a realidade é que arranjar tempo e principalmente dinheiro não é nada fácil... e também não me esqueço da vinda dos nossos amigos Dieter e Marcia, vindos de Hamburgo e com quem estaremos brevemente, e da amiga Ethel, directamente do México, que chegou praticamente no mesmo dia que eu e juntos ficámos a conhecer parte daquilo que se tornou a minha rotina de vida. No entanto gostaria de agradecer em particular a estas duas pessoas que também marcaram a minha vida em terras de Santa Catarina após terem estado presentes em outras etapas da minha vida, universidade e EXPO'98. Espero poder retribuir a visita assim que possível a estes meus dois amigos a quem a vida também os levou para longe de Portugal!

Festa!

No sábado houve festa! Á conta da ida da Jerusa para a Alemanha, da ida de uma colega dela para os EUA e da volta de uma outra colega que ficou um ano em França houve festa! O interessante desta festa é que foi temática, toda a gente tinha de ir vestido de forma estranha, "brega", ridícula, desde que não se fosse vestido normalmente estava bom. Muita gente foi um pouco a medo de ser o único a ir vestido a rigor e ficar numa situação nada invejável, pelo que muita gente telefonava antes de ir ou ia com alguns adereços num saco para apenas os usar após confirmar que não seria o único. Assim sendo a chegada do pessoal à festa foi muito engraçada, toda a gente se ria com a originalidade de cada um. Aqui ficam então algumas fotos e vejam lá como eu e a Jerusa estávamos em forma!






quinta-feira, setembro 08, 2005

Portugal x Brasil

José manuel Barroso in Público (08/09/2005)

De que país é você?", pergunta-me o empregado de um restaurante em Brasília. "De Portugal, não dá para ver? Que língua acha você que eu falo?", respondo. "Ah, você é de Portugal? Que engraçado, você fala bem português, consigo entendê-lo bem." "Que tem o meu português, é ruim?", pergunto eu então. "Não é que seja ruim, a questão é que eu o entendo, o que nem sempre é fácil com os portugueses." O que nem sempre é fácil - e é verdade.

Para o brasileiro comum, o português de Portugal é difícil de compreender. Porque o sotaque é diferente, porque muitas palavras têm sentidos diversos, porque nós "comemos" as vogais, porque há palavras do português antigo que os brasileiros conservam e nós já as esquecemos na linguagem corrente, porque, como melting pot, o Brasil adopta rapidamente, aportuguesando-as, palavras de outras línguas. É verdade, a língua une e desune o português e o brasileiro.

Apesar disto tudo, penetrar no Brasil, para o cinema, os media, a literatura portuguesa, é difícil. Um filme português, exibido no Brasil, terá de ser legendado, para ser entendido correctamente. Noticiário originário dos media portugueses terá de ser adaptado para o português do Brasil. Esta simples barreira acaba por ser uma parcela mais no ainda grande desconhecimento que os dois países têm um do outro. Porque a realidade é essa Brasil e Portugal, apesar dos investimentos e do turismo, são dois familiares que se desconhecem. E que apenas se irão conhecendo melhor, a nível da opinião pública, à medida que imigrantes brasileiros em Portugal e turistas portugueses no Brasil forem dando conta da realidade nova que observam em cada país.

A imagem que o brasileiro comum tem do português é ainda a "do Manuel e do Joaquim", símbolos do português emigrante da primeira metade do século XX, rural e pobre, o qual, como hoje o emigrante brasileiro em Portugal, se batia por uma vida melhor que não cabia nos horizontes do seu país de origem. Grande número de brasileiros nada sabe do Portugal de hoje e fica espantado quando se depara com um país moderno. Do mesmo modo que o português comum, que apenas conhece imigrantes brasileiros em Portugal originários do interior ou das zonas mais pobres do Brasil (em muitos casos pouco preparados escolar e profissionalmente), tende a identificá-los com o país-irmão.

E no lado brasileiro há ainda complexos de colonizado. É espantoso ler ou ouvir, no Brasil, algumas explicações para alguns males da vida brasileira. Apesar de independente há cerca de dois séculos, muitos brasileiros ainda identificam os erros e hábitos das suas lideranças ou de determinadas situações com "os portugueses". Há numa parte da intelectualidade e dos jornalistas brasileiros algum sentimento antiportuguês. Uma personalidade tão respeitada como o ex-arcebispo de São Paulo D. Paulo Arns, ao analisar, em entrevista recente, a actual crise brasileira culpava ainda os portugueses pelo escândalo da corrupção. Seria uma herança do colonizador - que em quase 200 anos não terá sido possível extirpar. Que fizeram os brasileiros nesse espaço de tempo? Nada. Mas a responsabilidade vem da História, segundo o douto arcebispo.

Do lado português há também complexos de superioridade de origem histórica. Muitos portugueses não entendem muito bem como o português do Brasil "pode ser assim", às vezes tão longe do português "verdadeiro", o de Portugal. Esquecendo-se de que, no "mundo que o português criou", o Brasil é um dos exemplos mais frisantes da mistura de raças e de culturas - e que esse cadinho de fusão tem consequências na língua e na linguagem. Como país receptor de emigração, o Brasil tem uma mobilidade social e cultural fantásticas. O brasileiro adopta o novo com enorme facilidade, desde que isso seja uma ferramenta para o quotidiano do trabalho ou do conhecimento (até nós adoptamos formas de dizer diferentes, a partir do que nos habituámos a ouvir nas telenovelas da Globo).

País jovem, aberto e continental, nele não há o enorme peso da tradição como nos europeus. Mas é nesse português do Brasil, em grande parte, que reside o futuro da língua portuguesa no mundo. Neste campo, como em muitos outros, muito há a fazer, se, de cada lado do Atlântico, os afectos pragmáticos se sobrepuserem aos simples afectos históricos.

segunda-feira, setembro 05, 2005

Miséria...

A miséria social e financeira está em todo o lado... uma tragédia natural revela outras tragédias e falhanços da humanidade que são menos visiveis em dias normais.

domingo, setembro 04, 2005

"Boliche"


Ontem à noite votámos a ir ao "boliche", já lá não íamos desde que a Inês esteve aqui hà mais de 1 ano e meio! Nós não somos propriamente muito bons na arte de atirar bolas aos pinos mas ficámos com uma pontuação lá no meio da malta. Fiquei preocupado na primeira bola por não ter acertado em nenhum pino e já imaginava uma noite de vergonha e sem glória mas a coisa melhorou ao longo do tempo e cheguei a derrubar os pinos todos de uma só vez, estes momentos de glória são muito bons para o ego. Depois essa euforia desaparece e os pés voltam ao chão quando na bola seguinte apenas se acerta um mísero pino... É uma diversão interessante, principalmente quando se vai com um grupo grande, o pessoal diverte-se principalmente com os falhanços uns dos outros!