domingo, maio 31, 2009

Teotihuacán - México

45 kilometros a norte da Cidade do México foi o destino do meu segundo dia no México. Visitamos as pirâmides de Teotihuacán que desde 1987 fazem parte do Patrimônio da Humanidade da UNESCO. O nome Teotihuacán significa Cidade dos Deuses, nome dado pelos mexicas ao centro mais povoado da Mesoamérica que teve seu apogeu durante o período clássico. Estudos arqueológicos reconheceram que a área ocupada por aquela civilização era de aproximadamente 21 km2 e hoje restam ~ 7 km2 construídos que podem ser visitados. Vale a pena lembrar que a civilização de Teotihuacán desapareceu no ano 650.


Até hoje, não foi possível descobrir o que aconteceu com a civilização de Teotihuacán. Segundo arqueólogos, Teothiuacán chegou a ser povoada por mais de 250 mil pessoas, esta grandiosa civilização simplesmente desapareceu. Existem teorias não comprovadas sobre o desaparecimento, como por exemplo a má administração que levou a rebelioes contra os governantes seguida de abandono da cidade.

A hegemonia de Teotihuacán se deu através do comércio e a religião. A religião e as crenças dos teothiucanos deixaram rastros na arquitetura. Em Teotihuacán percebe-se que a cidade foi planejada, tem-se a impressão de que foi construída usando uma régua tal a simetria. Até os dias de hoje, historiadores não encontraram estátuas ou desenhos que pudessem indicar o tipo de regime político, portanto muitas perguntas ainda estão em aberto, porém especula-se que Teotihuacán poderia ser a primeira república das Américas. A cidade é cortada por uma rua principal de 2,4 km de extensão e 45 m de largura denominada Rua dos Mortos.

A norte encontra-se a Pirâmide da Lua com 43 metros de altura e a leste a Pirâmide do Sol com 65 metros de altura e 225 metros de lado, quase tão grande quanto a Pirâmide de Quéops no Egito. Acredita-se que a Pirâmide do Sol foi construída no ponto central da cidade, assim cada monumento de Teotihuacán teria o seu significado astronômico. Pirâmide do SolPirâmide do SolPirâmide da LuaPirâmide da Lua vista da Pirâmide do Sol

No lado leste de Teotihuacán encontra-se uma área grande que provavelmente era utilizada para cerimônias religiosas com lugares para até 100 mil pessoas. Nesta área encontra-se a pirâmide de Quetzalcóatl. Pirâmides so Sol e da Lua vistas do Templo deQuetzalcóatl

Segundo historiadores Quetzalcóatl (Serpente emplumada) esculpida na pirâmide do Templo de Quetzalcóatl em Teotihuacán seria a primeira referência histórica deste deus. Quetzalcóatl, posteriormente passou a ser cultuado como deus representante do Planeta Vênus. Quetzalcóatl representa a vida, a abundância da vegetação, o alimento físico e espiritual.

Templo de Quetzalcóatl


Detalhes do Templo de Quetzalcóatl

Quetzalcóatl

As civilizações que surgiram depois do desaparecimento de Teotihuacán também cultuavam Quetzalcóatl, e acreditavam que a forma humana de Quetzalcóatl seria um homem branco de barba e olhos claros. Quando os espanhóis conquistaram a “Nova Espanha” (mesoamérica) eram comandados por Hernán Cortez, os astecas quando o viram acreditaram que se tratava de Quetzalcóatl, sendo este o seu deus, não poderiam lutar contra ele, portanto quase não ofereceram resistência ao domínio espanhol.

Depois de admirar Teotihuacán, fomos a busca de um restaurante com comida típica mexicana.

E aqui algumas fotos da comida... estava muuuito bom. Tudo servido com muitas tortilhas de milho, assim cada um coloca o que quer dentro das tortilhas.
Fajitas de frango

Monctezuma: carnes, enchidos, cebolas cozidos com um tipo de cerveja feito a partir de um cacto da regiao. Hmm, e leva queijo também.
Cogumelos, enchidos e queijo
Tacos dourados: os tacos sao recheados com carne de frango desfiada que vem acompanhados de pasta de feijao e guacamole.
Ethel e família, muito obrigada pelo belíssimo sábado que vcs me proporcionaram.

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domingo, maio 17, 2009

Museu nacional de antropologia e Coyoacán - México

Após algumas horas de sono, levantar, tomar um belo café da manha mexicano e assim estar preparada para aproveitar o dia numa das maiores cidades do mundo.

A Ethel e sua família haviam organizado o final de semana, assim Ethel, sua mãe e a irmã mais nova tiraram a sexta-feira de férias e fomos visitar o Museu Nacional de Antropologia. Para quem está pensando em visitar a Cidade do México, coloquem o Museu de antropologia no roteiro, a quantidade de peças é impressionante.

A região onde o museu se encontra é bastante bonita, apesar de estar no meio da cidade e de muitos prédios o local é bastante arborizado e rodeado de parques. O museu é bastante grande, as salas contam a história das civilizações que povoaram o México. A minha visita foi bastante especial, guiada pela senhora Ethel (a mãe de minha amiga). A Ethel mae acabou de finalizar um doutorado focado em história arquitetônica mexicana, ou seja, eu não poderia estar em melhor companhia. Foi uma visita maravilhosa em que aprendi muito sobre as civilizações que povoaram a mesoamérica: Olmecas; Zapotecas; Teotihuacanos; Mayas; Toltecas; Mixtecos; Huastecos; Mexicas
Na verdade, quando estudei as civilizações que habitavam as Américas antes da chegada dos europeus, o destaque foi dado para Astecas, Maias e Incas. Em relação às civilizações citadas acima devo confessar já não lembrava desta parte das aulas de história. Quem quiser refrescar um pouquinho a memória e as aulas de história aqui vai um link: http://www.suapesquisa.com/astecas/

O mapa abaixo mostra a região mesoamericana, os maias habitaram a região das florestas tropicais atualmente Guatemala, Honduras e região sul do México (Península de Yucatán). Os Toltecas invadiram esta região e dominaram a civilização Maia. Já os Astecas foram uma civilização pré-colombiana que floresceu entre XIV e XVI (1325-1521) no território que corresponde atualmente ao México. A civilização Asteca surgiu com a queda dos Toltecas e Chichimecas. No Museu Nacional de Antropologia há uma maquete da importante cidade de Tenochtitlán fundada pelos Astecas no século XIV, numa região de pântanos, próxima do lago Texcoco. A capital asteca que chegou a ter perto 500 mil habitantes antes da chegada dos espanhóis. Hoje sobre as ruínas de Tenochtitlán e sobre o grande lago Texcoco está erguida a Cidade do México.

Na sala Asteca encontra-se também o famoso calendário asteca, fiquei particularmente feliz ao ver esta peça, pois me fez recordar das aulas de história da Prof. Maria lá no Polidoro Santiago.

Almoçamos no restaurante do museu, o Buffet livre custou perto de 140 pesos, na altura uns 10 dólares e a comida estava uma delícia. Provei um suco de nopal, como podem ver na foto abaixo nopal parece ser bastante seco, porém apesar de fibroso tem muito líquido. A sopa de entrada também foi feita com nopal e também provei um vinagrete que continha nopal, das três experiências com nopal, gostei mais do vinagrete. Falando em preços a entrada do museu custou 51 pesos ~ 4 dolares.
Depois da visita ao museu de antropologia queríamos visitar a casa da famosa pintora mexicana Frida Kahlo, porém o trânsito por volta de 16-17 horas não permitiu que chegássemos a tempo, ficou para a próxima visita.

Já a noite a Ethel combinou um encontro com outro amigo da época do GKSS, o Adolfo. Fiquei muito feliz em rever Adolfo e ser apresentada a sua noiva (agora esposa). Fomos a um mercado público em Coyoacan onde comi Quesadilla de Flor de Calabaza, que nada mais é que Flor de Abóbora. Quando fiz meu pedido, traduzi errado, pensando que flor de calabaza fosse couve-flor, ainda bem que traduzi errado, pois talvez não teria feito o pedido. Estava uma delícia.
Assim, após um passeio muito agradável neste bairro (próximo a UNAM) cheio de gente jovem, terminou o dia 13 de março de 2009 (também 5° aniversário de casamento dos autores deste blog).

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Reencontro: Minha amiga mexicana

Meu último final de semana na América do Norte passei no México. A visita a capital mexicana já estava planejada para 2005, mas na altura nos mudamos para a Alemanha e infelizmente não pudemos participar do casamento dos nossos queridos amigos Ethel e Maurício. Bom, somente agora em 2009 surgiu a oportunidade de visitar nossos queridos amigos. Aproveitei a minha estadia em Houston e alarguei um final de semana na Ciudad de México.

Sai do meu trabalho, apanhei minha malinha e fui para o aeroporto de Houston, no caminho fiquei um pouco nervosa, pois a freeway estava lotada e o trânsito estava do gênero stop and go. Mas, no final cheguei a tempo de fazer o check-in e tomar o avião rumo à capital mexicana. No aeroporto os policias de fronteira ao conferirem meu visto foram muito simpáticos. (Um pequeno detalhe para brasileiros que querem visitar o México – precisamos tirar um visto de turista.) Após passar pela fronteira ainda tem a aduana, no aeroporto mexicano há algo curioso, o viajante se coloca numa fila para passar pelos raios-x, depois se deve apertar um botão que aciona um semáforo, este fica vermelho ou verde, se o sinal ficar vermelho o viajante deve abrir a mala para que o agente verifique a necessidade de pagar imposto ou não. O sinal verde indica que o passageiro pode sair sem abrir as malas.

Bem, a minha amiga já não mora com os pais, ela mora noutra cidade chamada Querétaro que fica a uma hora da Ciudad de México, assim seus pais foram me apanhar no aeroporto. Minha amiga havia dado uma descrição, do gênero “meu pai é alto e tem bigode e minha mãe é baixa e parecida comigo, você logo os reconhecerá, e eles também te conhecem por fotos, eles vão logo te reconhecer, não te preocupes”. Eu realmente não fiquei preocupa, ainda mais nos dias de hoje sempre tens números de celulares quando viajas, podes gastar um bocado de dinheiro numa ligação internacional, mas se necessário podes usar. Enfim, passei pelo sinal verde e passei a olhar para os casais, vi alguns senhores de bigode, porém não eram muito altos e as senhoras que os acompanhavam eram baixinhas... hmmm .... esperei mais um bocado, olhava para todos os lados, até a hora que vi outro casal, o casal olhava para a porta de desembarque e passei a mirá-los, então pensei vou telefonar caso sejam eles, eles vão atender a ligação, sim alguém atendeu mas não aquele casal, a mãe da minha amiga estava chegando e não tardaram 5 minutos lá estava a mãe da Ethel. E Ethel estava certa, assim que vi sua mãe, logo percebi de quem se tratava. Assim, uns 30-40 minutos depois estávamos na casa dos pais de minha amiga, onde Ethel me esperava (recém chegada de Querétaro).

Já não nos víamos desde julho de 2004 quando Ethel nos visitou em Florianópolis, a verdadeira amizade é algo incrível, pois assim que nos abraçamos parecia que havíamos nos visto no dia anterior. Infelizmente não pudemos ir ao casamento, mas tive a felicidade de reencontrar minha amiga com uma belíssima barriga de 6,5 meses de gravidez, assim pude participar um pouquinho desta fase tao especial na vida de minha amiga - a primeira gestação.

Entramos na casa e lá na cozinha já estava à espera uma das delícias da cozinha mexicana: Tacos al Pastor, muito gostoso. Em minha opinião a combinação de ingredientes é perfeita e um toque especial sao pedacinhos de abacaxi grelhados.

Depois de jantar eu e minha amiga ficamos a conversar até quase 5 da manha para matar as saudades e colocar os assuntos em dia. Mais detalhes sobre meu final de semana muito agradável no México nas próximas postagens, pois afinal um destino tão maravilhoso merece uma bela descrição.

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sexta-feira, maio 01, 2009

League City - Texas

Há pouco mais de um mês voltei para a Alemanha, porém ainda tenho algumas coisas para partilhar com vocês relacionadas à Houston-TX. Durante 5 meses de outubro/08 até março/09 morei nos arredores de Houston, mais especificamente em League City. Vocês puderam acompanhar um pouco das minhas experiências e aprendizados pelas Terras do Tio Sam. Com o período chegando aos "finalmentes", resolvi usar meu penúltimo final de semana em League City para tirar fotos de algumas coisas que pensei terem marcado minha passagem por lá.

Perto do apartamento onde morei fica o Randalls, um grande supermercado, onde geralmente fazia minhas compras. Sempre achei que fazer compras nos EUA era mais caro do que fazer compras na Alemanha, com o passar do tempo entendi que pode ser barato comprar nos EUA, mas tens que ter uma dispensa em casa. Na verdade existem cupons de descontos, porém normalmente estes cupons são para grandes quantidades, ou seja, compre 10 - leve 12. Como podem imaginar para uma pessoa só não valia muito a pena. Na regiao de Houston só havia supermercados grandes cercados por grandes parques de estacionamento. Padarias somente dentro dos supermercados. Cafés, somente o Starbucks, porém o Randalls também tem uma excelente padaria/confeitaria. Os brownies do Randalls sao muito bons. Os brownies nunca me atraíram muito, porém nos EUA eles sao deliciosos. Todas as manhas a caminho do trabalho eu observava o painel na entrada do Randalls, onde via a temperatura e o horário. Podem ver na foto abaixo que a temperatura estava bem agradável para início de fevereiro (pleno inverno).
O caminho que fazia de casa ao trabalho era bastante interessante, pois passava por vários campos de golfe. No início cheguei a pensar em aprender, porém quando me informei em relação aos preços acabei por desistir. Quando cheguei não via muitas pessoas a jogar golfe, creio que era baixa temporada, porém em fevereiro no horário que voltava do trabalho era comum ver pessoas jogando golfe nos campos que ficam mesmo ao lado da estrada cercados por casas.
Esta foto eu tirei porque sempre achei este painel interessante, pois é um pouco daquilo que imaginamos dos EUA quando pensamos no espírito competitivo dos americanos. Pois é, League City é uma das 100 menores cidades dos EUA. Há concursos para tudo!
As fotos a seguir mostram uma vila da cidade, onde ainda existem algumas casas que fazem lembrar os filmes de cowboys.

Todas as vezes que passava pela vila admirava esta pequena igreja.
League City fica mesmo grudada em Houston, tanto que conduzia menos de 14 km para o trabalho e estava em Houston. Na verdade, acho que a definição de município/cidade dos americanos é bastante parecida com a dos brasileiros. Se não estivermos atentos as placas a gente nunca sabe direito onde termina um município e começa o outro. Lógico que estou falando de cidades centralizadas de grande população. Nos EUA assim como no Brasil, ao se afastar de grandes centros populacionais, é necessário conduzir muitos quilômetros até chegar à próxima cidade.

Os texanos são bastante comunicativos e alegres, facilmente começavam a conversar com alguém, seja no supermercado ou no restaurante, eles estao sempre abertos a uma pequena conversa.

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