domingo, julho 12, 2009

Reflexões em um dia chuvoso


Em certos momentos a tristeza bate e nem é por eu estar triste, mas por alguns segundos quando me coloco na posição de outra pessoa e tento entender, ou, compreender a situação. Muitas vezes isso acontece quando falamos com alguém que está doente, alguém que perdeu o emprego, um ente querido, ou a esperança.

Para mim é difícil reconhecer que eu não posso fazer nada para mudar a situação, talvez posso sim fazer algo e amenizar um pouco a dor. Mas, o que move as pessoas, o que faz com que elas reajam e lutem novamente?

Todas as pessoas tem algo bom, talento, energia vital, mas em um determinado momento alguma coisa acontece que as destrói e faz com que se escondam da vida. A medicina diz que é um desequilíbrio químico e que algumas pessoas com ajuda de remédios conseguem dar a volta por cima. Outras dão a virada com ajuda de psicólogos, igreja, amigos, família ou mudança de perspectiva.

Por que é sempre tão difícil se olhar no espelho e enxergar realmente o que se vê? Por que é tão difícil sair de dentro da caixa em que vivemos e olhar a caixa de outra perspectiva? E as respostas a essas perguntas ficam ainda mais difíceis de serem resolvidas quando a pessoa em questão está em depressão. Quando as coisas não correm bem, qualquer coisinha negativa que acontece passa a ser algo enorme. Tentar olhar para o pequeno problema e rir é difícil, fica mais fácil colocar o pequeno problema no mesmo saco dos outros problemas e dizer que a cada momento os problemas aumentam e que já não há força para encontrar soluções.

Há pouco tempo atrás pensava que a resposta para estas questões se resumia a uma palavra OBJETIVO, hoje vejo tudo um pouco diferente, além de objetivos temos que ter vontade de alcançar o objetivo, portanto o objetivo tem que ser algo que realmente queremos. Portanto o objetivo deve ter um sentido. Aí é que está o ponto, reconhecer o que realmente queremos e para isso precisamos nos olhar no espelho e se necessário chorar e dizer em voz alta o que se quer. Precisamos deixar a mente ativa, amar a si e aos que nos cercam e viver. Se conseguirmos pensar assim estaremos mais abertos a mudanças. A propósito, mudança também é uma palavra-chave precisamos querer mudar, ser um pouco mais flexível e ser menos duro consigo mesmo. Muito provavelmente a pessoa que motivou a minha reflexão de hoje não lerá este texto, mas gostaria muito de poder ajudar, quem sabe ainda terei uma luz de como fazer algo.