sexta-feira, novembro 21, 2008

Chegou...

Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.

É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho…

Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.

Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria…
. Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!

Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho…

(Augusto Gil)

Na verdade nao estava com muitas saudades, até porque só serve para fazer lama e para nos lembrar que está frio...

1 Comments:

At 28 novembro, 2008 12:40, Anonymous Anónimo said...

OI Marco!!

Adorei esta saudação a neve!!

Grande abraço
Pati

 

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