Cheguei aos States

D

escobri que viajar aqui para os "States" é, tal como já imaginava, um processo cheio de verificacoes de seguranca e de filas de espera. Cheguei ao aeroporto de Düsseldorf 2 horas antes do voo e a fila no check-in era uma coisa de tamanho considerável e de uma velocidade metaestável. Quando finalmente cheguei lá mais para a frente descobri o porquê. Antes do balcao de check-in propriamente dito, havia um outro balcao onde comecam a fazer um monte de perguntas "Tem algum objecto potencialmente perigoso na bagagem" (esta pergunta até achei normal), "O que vai fazer aos EUA?", "Onde trabalha?", "Tem um cartao de empresa que ajude a comprovar?", "Onde vive?", "Foi você que preparou a bagagem?", "Tem algum presente embrulhado que tenha sido enviado por outra pessoa?", "Há quanto tempo é que conhece essas pessoas?". Entre paciência e sono (levantei-me às 5 da manha) lá passei por esse passo. Na verificacao de seguranca (detector de metais e raios X) andaram a esfregar uma coisa no computador para ver se encontravam vestígios de alguma coisa... Comecei logo a pensar para com os meus botoes "Se aqui já estao assim tao chatos, como será em Atlanta...". Na verdade em Atlanta foi sempre a andar! No controlo de passaporte ainda ele me estava a perguntar a razao da minha viagem e já estava a carimbar o passaporte.

Quando cheguei a Atlanta parecia que tinha acabado de entrar num filme americano. Nao havia um branco a trabalhar nos servicos, o aeroporto estava cheio de militares de camuflados a caminho de alguma guerra, todos os empregados das lojas comecavam com "Hello Sir, how are you doing today? (coisa que me comeca a irritar porque eles nao querem saber da tua resposta para nada)" e só via restaurantes de cachorro quente, hamburguers, pizzas e donuts. Já no aviao eles anunciaram que só serviam produtos da coca cola e que a sede da empresa fica em Atlanta.

Na viagem propriamente dita achei interessante a rota, passámos pela Islandia e Gronelandia. Dava para ver um mar de neve e gelo. Como se vao para norte, a viagem fica estranha e atrapalha o nosso ritmo biológico. Saí à 9:30 da manha da Alemanha e o sol ia subindo no céu, passado umas 3 horas estava quase a noitecer na Islandia. Finalmente quando estavamos a viajar para sul pelo Canadá o sol comecou de novo a subir. Resultado, cheguei a Atlanta às 14h locais (6 horas de diferenca) quando estava na verdade a precisar de jantar.

Despois lá fiz o meu voo para Houston (Aeroporto internacional George Bush) e encontrei a Jerusa à minha espera com um grande sorriso. Aí passou o cansaco e lá me aguentei mais umas horas antes de adormecer, 24 horas depois de me ter levantado da cama em Siegburg (22h locais). Até que nem dormi mal, acordei foi às 7h da manha. O engracado foi por volta das 3 da tarde, deu-me um sono de repente... tenho de continuar a lutar contra a diferenca horária.