Eyjafjallajökull

Primeiro desafio alguém a dizer rapidamente 3 vezes seguidas o nome do vulcao Islandês, alguém consegue?

O que me leva a falar do vulcao é que também fui vítima do caos aéreo dos últimos dias na Europa. Aliás, nao sei se é possivel chamar de caos aéreo quando nao havia avioes no ar... Enfim, estava eu a terminar uma estada de 5 dias perto de Bolton pelo trabalho quando na quinta feira comecam as notícias das nuvens de cinzas. No início a coisa nao era nada preocupante uma vez que se dizia que na parte da tarde já deveria estar tudo em ordem. O pior é que sempre que se aproximava a hora marcada para se avaliar a situacao, lá se empurrava a abertura do espaco aéreo mais umas 8 a 12 horas.

Quando se tornou óbvio que a coisa se podia arrastar indefinidamente comecei a ter de avaliar as minhas alternativas. Nesse momento ficou óbvio que estava numa ilha, o Canal da Mancha era um obstáculo complicado e o comboio que liga Londres a Bruxelas e Paris estava esgotado para os dias seguintes... Felizmente estava um colega meu na Alemanha sem conseguir voltar e ele tinha deixado o carro no aeroporto de Manchester. Nao sofri na pele o problema de conseguir encontrar um carro para alugar (os carros desapareceram rapidamente quando se viu que nao haviam muitas alternativas). Assim lá fui com um outro colega buscar a segunda chave do carro e negociar com o parque do aeroporto para conseguir saír sem o papel da entrada.

Resultado, depois de andar uns dias a gozar com os Ingleses por eles conduzirem ao contrário dei comigo sentado num carro com o volante à direita... muito estranho.

Saí de Manchester à 1 da tarde e arranquei rumo ao túnel onde, para espanto meu, até nem foi muito difícil fazer uma reserva para o fim da tarde. Tirando uma paragem rápida numa área de servico, para levantar dinheiro para pagar uma portagem onde nao aceitam cartoes, apenas estiquei as pernas e comi enquanto atravessava o túnel. Após 940 Km e 10 horas de viagem cheguei a casa, cansado e com algumas dores no corpo mas estava em casa! No dia seguinte de manha cedo entreguei o carro ao meu colega, ele encheu o depósito de gasóleo e arrancou de volta. Como era sábado e quase nao havia trânsito, ele chegou a casa 8 horas depois (acho que ele também nao se preocupou muito com os limites de velocidade).

Como durante a viagem nao havia muito para fazer, acabei por passar bastante tempo ao telefone. Numa das várias vezes que falei com a Jerusa ela perguntava como é que funciona a travessia do túnel. Para melhor ilustrar essa viagem de 40 minutos, tirei umas fotos com o telefone.

Conclusao principal desta viagem é que aprendi a conduzir um carro com o volante do lado errado e só dei uma cabecada no vidro quando estava a andar de marcha atrás para estacionar e queria virar a cabeca. Quando estamos do lado direito temos de virar a cabeca para o lado esquerdo... impressionante como os movimentos se tornam automáticos depois de uns anos a conduzir.